COMUNICAÇÃO SOCIAL EM GESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA
Escrito por RCM em 2020-04-16 10:48:01
COMUNICAÇÃO SOCIAL EM GESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA
Apenas num mês, a pandemia está a infectar, e muito, a comunicação social regional e local.
Uma situação de agonia que se agrava a cada dia que passa. Está a ter sérios problemas de sobrevivência por causa do forte impacto da pandemia da Covid-19.
As poucas receitas de publicidade escasseiam agora ainda mais, e estão a fazer com que várias emissoras ponderem o seu encerramento a curto prazo. Sabemos que algumas até já suspenderam mesmo as suas emissões.
Numa altura em que muita gente só tem acesso a este tipo de informação e companhia, as direcções das rádios locais contam os cêntimos para poderem continuar em antena.
E o que se passa com os companheiros dos jornais, a quem manifestamos a nossa solidariedade?
O semanário Nordeste, de Bragança, esteve para não sair. Só uma compra de última hora, de duas páginas, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, evitou o pior. "Que fez com que nós pudéssemos manter a impressão do jornal e cumprir os nossos compromissos, pelo menos as próximas duas edições", desabafa Paulo Afonso, director do jornal, que fala numa gestão de sobrevivência que poderá extinguir muitos órgãos de comunicação social no país.
"Não é um negócio rentável, que se está a fazer na medida da possibilidade e numa gestão de sobrevivência. Não quero arriscar números mas dezenas de jornais no nosso país, de âmbito regional, julgo que irão desaparecer depois desta crise".
Em Bragança, o Mensageiro é o outro semanário. Está registado, como mais 180 publicações portuguesas na AIIC- Associação de Imprensa de Inspiração Cristã.
Já fizeram chegar às Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia um pedido de"sensibilidade" para ajudarem com publicações das acções que fazem e informações à comunidade "muito importantes neste tempo de Pandemia", salienta o director António Rodrigues que é também vogal da direcção da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã.
"Uma publicidade institucional de forma a compensar graves perdas de receitas e que possa permitir algum desafogo para que mantenham a sua actividade porque é importante para os cidadãos terem acesso a informação credível e verificada".
Os dois semanários são impressos numa gráfica em Braga, pertença do Diário do Minho que imprime cerca de 100 títulos nacionais. Luís Carlos é o responsável e lembra que 15 desses jornais já suspenderam as edições por dificuldades de tesouraria. Também têm reduzido significativamente o número de páginas. Tudo isso está a ter um impacto bastante negativo na comunicação de proximidade".
Apenas num mês, a pandemia está a infectar, e muito, a comunicação social regional e local.
Ajude se quiser e puder.
O nosso bem-haja a todos os estimados ouvintes e anunciantes.
E, sinceros desejos de muita saúde e paz, sobretudo com esperança e confiança em dias melhores, na companhia da família e amigos.